"CANDEEIRO " - O CANGACEIRO


LEMBRANÇAS LUMINOSAS DE UM "CANDEEIRO": BREVE SINOPSE 



Manoel Dantas Loyola sobreviveu a Angicos. Na época do cangaço, era conhecido como Candeeiro. Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirma que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto. Hoje com 93 anos de idade, Candeeiro vive como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atende pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os "macacos", Candeeiro foi ferido na coxa. "Era muita bala no pé do ouvido", lembra. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta. 


"CANDEEIRO":
Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. 


"LAMPIÃO não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado.
Quando soube que eu era de Buíque/PE, comentou: 

"sua cidade me deu um homem valente, Jararaca'". 

CANDEEIRO diz que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destaca que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. LAMPIÃO, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado. No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. 

"Desci atirando, foi bala como o diabo .". Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco". 

Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costuma dizer que foi "história de sofrimento". Mas ainda é possível perceber a admiração por Lampião. 

"Parecia que adivinhava as coisas", lembra. 
Só não quis ouvir o alerta dado na véspera da morte, em 1938". 

OBS: O ex cangaceiro CANDEEIRO, ainda é vivo, e mora no distrito de São Domingos em nossa cidade. 

Fonte:Diário de Pernambuco. 

Descoberta cobra-de-duas-cabeças no Vale do Catimbau



Considerado o segundo maior parque arqueológico do Brasil, o Vale do Catimbau (Buíque-PE) vem se tornando berço de descobertas de espécies de anfíbios e répteis. A mais recente delas, a Amphisbaena supranumerária, um tipo da popularmente conhecida cobra-de-duas-cabeças, foi descoberta na Fazenda Porto Seguro, localidade conhecida como Meu Rei, em Buíque, por pesquisadores das Universidades Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST/UFRPE), de São Paulo (USP) e Federal do Mato Grosso (UFMG).
Há dois anos, a equipe realiza projeto Anfíbios e répteis do bioma Caatinga: indicadores de conservaçãopara o Sertão de Pernambuco, sob a orientação da professora Edinilza Maranhão, bióloga da UFRPE, com a finalidade de explorar o potencial da região.
Estudos realizados até o momento para a descoberta dos hábitos e da origem da nova espécie revelam que o animal vive enterrado no solo, onde passa grande parte da sua vida, alimentando-se possivelmente de vermes e insetos. A espécie é pequena –cerca de 20cm –, delgada e apresenta, perto da cloaca, quatro poros precloacais.  O número elevado de anéis corpóreos, a presença de anéis corpóreos na parte anterior do corpo em formato “V” e a fusão das escamas frontais são as principais características desse animal.
Para a orientadora da pesquisa, a professora da UFRPE Ednilza Maranhão, a descoberta significa mais uma conquista para o universo acadêmico e um alerta para a valorização merecida da área de pesquisa científica no País. “Sabemos muito pouco sobre o que existe de anfíbios e répteis em Pernambuco e no Brasil. É necessário mais incentivo aos pesquisadores e alunos para que eles possam desvendar a nossa biodiversidade, pois, conhecendo o nosso potencial biológico, podemos definir estratégias de conservação e o melhor uso sustentável dos nossos recursos naturais”, informa Ednilza.
Para o Parque Nacional do Catimbau, a descoberta da espécie destaca ainda mais a importância da reserva como área prioritária para conservação, principalmente da herpetofauna (anfíbios e répteis) no Semi-árido nordestino. Considerada também região de riqueza biológica por possuir registros de pinturas rupestres e vestígios da ocupação pré-histórica, com a continuação das pesquisas, possivelmente serão descobertas novas espécies a reafirmar a necessidade de preservação do Vale como verdadeiro local de origens.
Exploração da reserva – A parceria entre a UFRPE e as Universidades do Mato Grosso e de São Paulo (UFMT/USP) teve inicio quando, em 2008, foi descoberto pela equipe um lagarto, de cinco centímetros, conhecido como Escrivão, na região de Buíque. Vivendo nas areias do Parque do Catimbau, o réptil não desenvolveu patas, provavelmente para melhor locomoção.  
Mais informações pelo fone: (87) 3831.1927.

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