Dilma sobe o tom contra adversários

BRASÍLIA (Folhapress) - A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou ontem que está disposta a explicar no Congresso o apagão elétrico que atingiu 18 Estados no início do mês, se essa for a vontade do Governo e dos parlamentares. Dilma subiu o tom das críticas aos líderes da oposição que pretendem explorar o problema nas eleições de 2010 e os acusou de terem memória curta. Segundo a ministra, a recente falha de distribuição de energia não pode ser comparada ao problema registrado durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

“Fui convidada (a prestar esclarecimentos). Se for do interesse do Governo e do Parlamento, eu irei. Não tenho o menor problema para falar sobre isso. A oposição tem memória curta. Comparar o que aconteceu, que é um blecaute de cinco horas com outro que aconteceu entre 2001 e 2002. A diferença são 11 meses. (...)”, disse.

Dilma afirmou que a crise de energia no Governo do PSDB teria afastado investidores estrangeiros porque, com o racionamento, não havia eletricidade sequer para a decoração natalina nas cidades. “Hoje, nenhuma empresa internacional não fala que não vem para o Brasil porque não tem energia. Ela sabe que tem”, afirmou.

Desde o blecaute, líderes governistas deflagraram uma operação na Câmara e no Senado para blindar a ministra e evitar constrangimentos e a exploração política do fato. Os governistas derrubaram os pedidos de convocação e aprovaram apenas convites em comissões das duas Casas Legislativas. Com a medida, a ministra pode recusar o encontro sem grandes justificativas.

Outra estratégia governista para tirar Dilma do foco é realizar as audiências com as presenças do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e um grupo de pelo menos 18 técnicos do setor. Incomodada com a blindagem, a oposição partiu para confronto e conseguiu aprovar um convite a um representante de uma entidade esotérica para falar do blecaute no Senado.

Tucanos querem apoiar Eduardo

ARTHUR CUNHA - Enviado especial
ITAÍBA - Apesar de, oficialmente, ser da oposição, o grupo político dos Martins deu mostras, ontem, de que pode apoiar a reeleição do governador Eduardo Campos (PSB), em 2010. Tanto o deputado estadual Claudiano Martins (PSDB), quanto seu irmão e prefeito de Manari, Otaviano Martins (PSDB), admitiram a possibilidade de voto em Eduardo. Eles condicionaram o apoio ao aval do senador Sérgio Guerra (PSDB), que já revelou não ter como impedir os prefeitos ligados ao PSDB de ficarem com o governador.

Nos bastidores, o Palácio avalia que, mesmo que os dois irmãos não estejam com Eduardo, a maioria do grupo chefiado por eles votará no socialista. Questionado, Claudiano ponderou que seu “comandante” é Sérgio Guerra. “Ele é meu ‘coronel’. Onde ele estiver, estarei. Se ele mandar ficar com (o senador e pré-candidato ao Governo) Jarbas Vasconcelos (PMDB), eu ficarei. Se ele me mandar ir para Eduardo, a gente vai”, destacou.

O parlamentar, contudo, não escondeu a gratidão ao governador pelo apoio que, segundo ele, tem dado a Itaíba. “Sou amigo do governador. Nunca votei contra um projeto dele na Assembleia”, ressaltou. O deputado estadual também lembrou seus dois mandatos à frente da Prefeitura de Itaíba (1997-2004). Em 1998, o tucano afirmou que foi o único prefeito da região a apoiar Miguel Arraes. “Demos a Dr. Arraes mais de cinco mil votos. Enquanto Jarbas (que venceu aquela eleição) teve 1.800”, rememorou. Dos oito prefeitos que Claudiano Martins diz pertencerem ao seu grupo, quatro apoiam Eduardo. Os outros quatro aguardam direcionamento de Sérgio Guerra. Em 2006, os Martins votaram no ex-governador Mendonça Filho (DEM), nos dois turnos.

Otaviano Martins assegurou que, diante da ajuda que recebe do Palácio, também não tem como se opor a Eduardo. Em 2000, Manari foi considerada a cidade com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. Fato que obrigou o então governador Jarbas Vasconcelos a investir no município. De acordo com o prefeito, a receita de Manari é de R$ 1,2 milhão. Dos 18 mil habitantes, quatro mil recebem o Bolsa Família.

Botafogo vence no fim e deixa São Paulo ameaçado de perder liderança

Gol de Jobson aos 44 minutos do segundo tempo mantém o Alvinegro fora da zona de rebaixamento

Fahel marca Marlos em Botafogo x São Paulo

Uma vitória dramática, que faz jus ao ditado de que há coisas que somente acontecem com o clube. Graças a um gol de Jobson aos 44 minutos do segundo tempo, o Botafogo se manteve fora da zona de rebaixamento do Brasileirão ao vencer o São Paulo por 3 a 2, neste domingo, no Engenhão. Com o resultado, o time alvinegro permanece em 16º lugar, e o Tricolor Paulista corre o risco de perder a liderança da competição.

Até os 44 minutos da segunda etapa, com o empate por 2 a 2 no Engenhão e a vitória por 3 a 0 do Fluminense sobre o Sport, o Botafogo estava caindo para o Z-4. No entanto, o gol de Jobson fez o time chegar aos mesmos 44 pontos de Coritiba e Atlético-PR, seu próximo adversário, domingo, em Curitiba. E se manter com dois a mais que o Flu. Já o São Paulo, que segue com 62 pontos, pode passar para o segundo lugar se o Flamengo vencer o Goiás, ainda neste domingo, no Maracanã. O Tricolor enfrenta o time esmeraldino no Serra Dourada, na próxima rodada.

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